segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A Fórmula


Podemos observar que existem pessoas que conseguem facilmente o sucesso, independentemente do seu diferencial. Ou seja, pessoas que possuem personalidade realista ou imagética, comportamento agitado ou inerte, ativo ou passivo, fleumático ou  guerreiro, abnegado ou destemido, habilidoso ou leigo, etc. Entre tantas combinações é difícil imaginar que uma pessoa obteve sucesso ou não com uma simples atitude que ora chamamos de “fórmula”.
Sempre vemos que temos escolhas. A grande dúvida é: Que escolha tomar? Que estrada pegar? Visto que a estrada é longa e têm-se vários desvios, curvas, retas, rótulas, acostamento, ruas e vias. Não importa, porém, sabemos que qualquer que seja nossa escolha, sabemos que sempre encontraremos o desconhecido pela frente.
Que seria de fato essa fórmula que leva a alguns a obterem sucesso? Numa visão científica do comportamento, seria um potencial inato do ser humano?
Por que quando o homem primitivo descobriu o fogo, subiu uma escala evolutiva no âmbito  conhecimento. Isso não foi um impulso que o motivou a buscar a sua própria sobrevivência? Uma escolha bem sucedida que mudou toda a história da humanidade, cuja possibilidade de preservar-se transformou a sua maneira de se posicionar no mundo, de alimentar-se, caminhar e distinguir-se dos demais primitivos. Mas, o que o move a adquiri-lo?  Seria a fórmula uma consequência da necessidade?

No âmbito religioso, diriam que alguns são merecedores do sucesso por que assim Deus o permitiu. Mas, essa justificativa ainda não convence mesmo a um leigo no assunto, pelo simples fato de ela ser exclusora e Deus não dá merecimento restritivo... Se assim fosse, deveríamos então, repensar o que entendemos sobre o que é Deus para nos posicionarmos na vida.
Nas civilizações antigas, a religião era um dos maiores veículos de poder, de dominação, de contato com o desconhecido... A característica natural do homem transformou-se em intenção, ou seja, em sua escolha havia um teor de intencionalidade, por que ela vinha mesclada com o desejo...e quanto mais o ser humano experimentava o desconhecido, alimentava-o pelo prazer das escolhas e consequentemente, esquecia de refletir na verdadeira causa, pois corrompia seu pensamento para outra direção, a do poder. Então, poderíamos questionar, mais uma vez... Qual escolha deve ser tomada? Porque ela está diretamente vinculada a nossas atitudes... E que atitude é essa?
Natural como dizia Platão, ou seja, o homem nasce bom? Ou corrompida como dizia Tomas Hobbes (O homem é o lobo do homem)? A fórmula é uma atitude de religiosidade (conexão natural do homem em ser essencialmente bom) ou de religião (conexão natural do homem com a divindade)? Há pessoas que não tem religião e tem religiosidade e vivem felizes, satisfeitos com suas escolhas e outras não.
Alguns chamam de fé porque evocam uma certeza de que suas escolhas serão concretizadas, logo obterão sucesso!

Os materialistas chamam de oportunidade, sorte e por aí, seguem em várias definições, provenientes de um mero acaso, sem atribuir-lhe a escolha que o gerou.
Sendo assim, há uma relação direta entre nossas escolhas e atitudes, cuja vinculação atrai a concretização de nossos sonhos, nosso desejo e nossa vontade de querer algo, pois todos nós estamos conectados em obtê-la, porém chamo atenção de uma coisa: Devemos ter a reflexão do que se deseja!

Ari e Cris
27/08/2012

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A competição (parte 1)

Quando eu me vi
Em forma de feto
Pus-me a pensar
Que fui feito de afeto

De uma batalha

Com carinho e amor
Igual a um jogo
Tem ganhador e perdedor

Foi dada a partida

E quem vai ganhar?
Eu sou um em milhões
Eu vou me esforçar

Disputa acirrada

Quilômetros a frente
Lá estava eu
Com meus concorrentes

Fui chegando perto

Forte e guerreiro
Tornei-me um campeão
Cheguei em primeiro

A vida foi o prêmio

Pela minha vitória
Nasceu ali
A minha história



Ari Cruz


Deixe um (uma) campeão (ã) nascer

Diga não ao aborto.


sábado, 11 de agosto de 2012

Dedicado aos pais pelo seu dia

Kindelo

 

Quando eu tinha dezoito anos

Kindelo nasceu com alegria.

Eu nem sabia o que fazer

Diante daquela criancinha

Com traços fortes e esperteza

É a vida que veio da minha!

 

Certo dia a brincar com ele,

Olhou-me nos olhos com atenção,

Peguei com carinho no nariz

E ele na minha mão.

Foram minutos de palavras

E ele nem direito engatinhava

Era mais que um filho, pra mim era um irmão.

 

E o tempo foi passando,

Kindelo crescendo com vigor.

Eu não podia dar muitas coisas

Mas ofertava o meu amor.

E eu sempre muito forte,

Cheguei perto da morte

Meu filho me disse: - Pai você é um vencedor !

 

Isso deu-me esperança,

Foi um remédio só em ouvir,

Uma criança de seis anos,

Fazendo o pai reagir.

Com câncer aos vinte e quatro;

E o laudo do desengano

Beijei o meu filho querido e me despedi.

 

Mas não foi a minha hora.

A esperança fez-me voltar

Com a responsabilidade

Do meu filho criar e formar.

Prossegui a minha vida

Não houve mais despedida,

Falei: - Não vai ter mais partida

E a paz voltou a reinar!

 

Passaram-se quinze anos,

Eu sempre grato e a trabalhar

Recebi uma surpresa:

Meu filho veio me visitar.

Ao me chamar eu disse: - Pra onde me levas filho?

- Em um evento, não vá demais se emocionar.

 

Lá eu vi comemoração.

Pais com os filhos a se entreterem,

Todos os formandos vestidos de preto

E o meu filho entre eles!

Eu chorava de alegria,

Orava e agradecia

Do orgulho que me destes.

 

A emoção foi muito forte

Ao ver o meu filho diplomar,

O coração descompassado,

Fez-me hospitalizar.

Chamei o meu filho e disse:

- Tudo que a Deus eu pedistes

Foi força pra trabalhar e te formar.

 

- Agora que estás criado e formado

Não desejo nada em troca.

Perdoi a quem não confiaram

E me chamaram de idiota!

Nunca houve fardo pesado,

Foi apenas trabalho dobrado

E hoje estou realizado.

 

Ao passar por essa jornada,

Sei que fui muito feliz!

As doenças que suscederam

Eu sei que mereci.

Foram provas e aflições,

Mas toda a minha família

Nunca desistiram de mim.

 

Não lembro mais de muitas coisas,

Hoje eu sou um ancião.

Do meu lado está um idoso

Que pega na minha mão!

Inconsciente pego no seu nariz

E uma vaga lembrança me diz:

Esse é o meu Kindelo

Que tanto me fez feliz!

 

Eu vi muitas nuvens

E nessa jornada pra sempre eu adormeci...

 

 

P. s.: Inspiração obtida à partir de um lindo sonho.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A lateral esquerda diz tudo

A lateral esquerda diz tudo


Cuide-se tão bem quanto cuida de mim
Rirdes vós, o seu sorriso é lindo
Ironize as dificuldades
Some o amor a simplicidade
Tenha sempre em mente quem te ama
Inimaginável é o destino
Ainda que eu esteja longe
Não vou deixar de te amar
E não me venha com dúvidas

Desejo tude de bom pra nois dois
E nunca se esqueça
Ç o ce cedilha foi fundamental pra
Alcançarmos a felicidade

Tô contigo sempre
E meu coração também

Amanhã e sempre
Mesmo com provações
O amor sempre vence

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Trajetória de um amor com Sim

Um conto
Um conhecer
Um alegrar
Um prazer

      O conto foi poesia proferida
      O conhecer de uma pessoa querida
      O alegrar que já tinha esquecido
      O prazer de um amor adormecido

Uma luta
Uma coerência
Um abstrato
Uma veemência

      Uma luta foi travada e perdida
      A coerência que não teve coesão
      Um abstrato que o resultado foi tudo
      A veemência que propagou e bom fluido resultou

Foi mágico
Foi inteligente
Foiintrínseco
Foi comovente

      A magia que Eros sonhou
      A inteligência sempre a despontar
      Intrínseco porque resplandeceu
      E tão comovente que ninguém enterrou!



Cris
20/08/2012
     
 

domingo, 5 de agosto de 2012

Luz do farol

Luz do farol
 
 
Queria recitar seu nome em várias línguas
será que emitiria assim o valor imenso de tua alma?
Ou tua energia me submeteria ao teu braço forte,
 e que tuas mãos abrandariam meus cabelos,
e num acalanto desespero, meu amor invadiria e eu seria teu farol?
Se eu tivesse que escolher,
Não sei se rios ou mar
embora a correnteza mais forte, levaria meu barco ao teu cais
e viraria a essência da palavra
pois o que sinto é que nem água
limpa, sem cheiro, nem cor
E que sobrevive do sopro de teu amor!
 


 Cris 23/07/2012

terça-feira, 26 de junho de 2012

Fronteira entre língua e os fatos.


Variação linguística - O ontem, o hoje e o amanhã
Autor: Ariosmar Cruz


      Em uma época em que eu estudava o primário, a professora de português fazía-nos    a-
 prender a conjugar o verbo datilografar: Eu datilografo, Tu datilografas, Ele datilografa,
 Nós datilografamos, Vós datilografais, Eles datilografam. Ela dizia que a língua muda  com
 o decorrer do tempo, dizia também que todas as línguas do mundo  experimentam    mudanças,
 que certos usos se desgastam e acabam sendo substituídos por outras formas ou modo de  di-
 zer.
    Nesta época o único apoio que os professores tinham a nos oferecer como apoio pedagógi-
 co eram os livros, a maneira obrigatória de "degustá-los" era folheando-os, página à pági-
 na. E seguíamos conjugando: Eu folheio, Tu folheias, Ele folheia, Nós folheamos, Vóis  fo-
 lheais, Eles folheiam.
     Nos tempos de hoje temos muito mais recursos para auxílio nos estudos,a internete  por
 exemplo,vem tomando o lugar dos livros gradativamente, com softwares e arquivos onde  nada
 se manipula, apenas lê-se, e com apenas um toque dos dedos no teclado ou mouse navegamos e
 lêmos, sem a necessidade de "folhear".
     Ainda a imaginar um passado mais longínquo ainda, em tempo de decobrimentos territori-
 ais, onde quase a totalidade de um país era de mata e muitas árvores. A população  foi au-
 mentando e em consequência disso a necessidade de consumo, de moradia e de meios de sobre-
 vivência humana, onde os recursos naturais vieram a ser depredados e  usados  de  diversas
 maneiras. O carro que dirigimos é 100% tirado da natureza, a lataria vem  dos minérios, os
 pneus da ávore seringueira, e até o combustível que o faz mover vem de recursos da nature-
 za, a luz elétrica e a eletricidade que é excencial no mundo moderno também vem da nature-
 za através da água, o livro que lêmos também tem a sua origem da natureza,fabricado à par-
 tir das madeiras de árvores. 
     Mas até quando vamos ter esses recursos naturais? Os nossos antepassados tinham recur-
 sos naturais mas não obtinham tecnologia suficiente para degradá-los  como  vem  sendo  no
 tempo atual.
     A exemplo da conjugação "datilografar" que caiu em desuso pelo simples fato de não ser
 mais fabricado e utilizado a máquina de datilografar, será que um dia a comunidade que fa-
 la a língua portuguesa vai parar também de conjugar o verbo folhear devido a não mais  fa-
 bricação de livros devido a falta de material da obra-prima?



Nota do autor:
Esta crônica é uma ficção, mas bem que poderia ser real, visto a suposição que compõe a lín-
gua e os fatos.


Ari Cruz



 26/11/2011